quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quando a raiz é o amor e a fé

Próximo de um riacho, havia um pequeno bosque. E ali tinha muitos tipos de árvores.

Todas gastavam as suas energias para tentar ser mais alta e grande, com muitas flores e perfumes, mas eram fracas e tinham pouca força em suas raízes.

Em vez disto, um pé de louro, disse:

“Bem, é melhor, eu investir minha seiva para ter uma ótima raiz, assim crescerei e poderei dar para minhas folhas tudo o que elas necessitam”.

As outras árvores estavam orgulhosas por serem belas; em nenhum outro lugar existia tantas flores e perfumes. E não deixavam de se admirar e de falar dos encantos de um e outros, e assim, todo o tempo, ficavam admirando-se e rindo das outras.

O pé de louro sofria a cada instante essas provocações. Riam dele, endeusando suas flores e perfumes, abanando suas abundantes folhagens.,

“Loureiro” – diziam – “para que queres tantas raízes? Veja, todas nos elogiam, porque temos pouca raiz e muita beleza. Deixa de pensar nos outros! Preocupa-te somente contigo”.

Porém, o loureiro estava convencido do contrário, desejava amar os demais e por isso tinha raízes fortes.

Um belo dia, veio uma grande tormenta e sacudiu, soprou e bufou sobre o bosque
As árvores maiores, que tinham uma intensa ramagem, viram-se tão fortemente golpeadas, que por mais que gritassem, não puderam evitar que o vento as rodeasse.

Em vez disso, o pequeno loureiro, como tinha poucas ramas e muita raiz, apenas perdeu umas poucas folhas. Então, todos compreenderam que:

O que nos mantem firmes nos momentos difíceis, não são as aparências, mas sim o que está oculto nas nossas raízes, dentro do nosso coração… ali… em tua alma… E ISTO SE CHAMA AMOR E FÉ.

sábado, 1 de setembro de 2012

Não esqueça de dizer: "Obrigado".

Uma alma, recém-chegada no céu, encontrou-se com São Pedro. O santo levou a alma a um passeio pelo céu. Ambos caminharam passo a passo por umas grandes oficinas cheias de anjos. São Pedro deteve frente a primeira seção e disse: “Esta é a seção de recibo. Aqui todas os pedidos feitos a Deus, mediante a oração, são recebidas”. A alma olhou a seção e estava terrivelmente cheia, com muitos anjos classificando os pedidos escritos em volumosas folhas de papel, de pessoas de todo mundo.

Seguiram caminhando até que chegara à seção seguinte e São Pedro lhe disse: “Esta é a seção de embalagem e entrega. Aqui, as graças e bênçãos que as pessoas pedem, são embaladas e enviadas às pessoas que as solicitaram”. A alma viu quão ocupados estavam os anjos, trabalhando em embalagens e enviando para a terra as inúmeras bênçãos.
 
Finalmente, na oficina mais distante, São Pedro parou na ultima seção. Por surpresa do recém chegado, somente um anjo permanecia ali, ocioso, assoviando melodias e fazendo muito pouca coisa. “Esta é a seção de agradecimentos”, - disse São Pedro. “Como é que há tão pouco trabalho aqui?” – perguntou a alma. “Isto é o pior”, - contestou São Pedro. “Depois que as pessoas recebem as bênçãos que pediram, são poucas as que enviam seus agradecimentos”.
 
Como pode uma pessoa agradecer as benção de Deus?” – perguntou a alma.
 
Simples” – disse São Pedro – “Somente tens que dizer: Obrigado Senhor!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Vendemos Sementes

Uma mulher sonhou que entrava em uma loja recém inaugurada, na praça do mercado e, para sua surpresa, descobriu que Deus é que encontrava atrás do balcão.
- “Que vendes aqui?” – ela perguntou
- “Tudo o que teu coração desejar” – respondeu Deus. Não acreditando no que tinha ouvido, ela decidiu procurar o que melhor uma pessoa pode desejar:
- “Desejo paz de espírito, amor, felicidade, sabedoria e ausência do todo temor”. E, logo depois de um momento de hesitação, acrescentou:
- “Não só para mim, mas para todo mundo”. Deus sorriu e disse:
- "Creio que não me tens compreendido, querida. Aqui não vendemos fruto. Vendemos, unicamente, sementes" - Deus conclui.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Espelho

Um dia chegou um grupo de escaladores procedentes de alguma cidade. Certamente foi um evento incomum. Não estiveram ali mais do que três horas.
Enquanto os montanhistas descansavam um pouco, uma das mulheres pegou da sua mochila um espelho de mão. Em um instante se viu rodeada de um exercito de meninas que olhavam em silêncio abrindo e fechando os olhos com um espanto solene. Nunca tinham vistos um espelho.
- O que é isto que tens na mão? – perguntou a mais pequena, indicando o espelho, com seu dedo gordinho.
- Isto? … Um espelho! – disse a mulher. Nunca viu um?
O grupo de meninas negou de forma uníssona movendo a cabeça e sem tirar os olhos daquele objeto maravilhoso. Vê-las era um espetáculo encantador e até mesmo a escaladora, acostumada a grupos de admiradores, foi presa em sua simplicidade.
- Que coisa! – disse. Você nunca tiu um e eu não poderia viver sem ele… pegue, te dou de presente.
E entregou o espelho à menina mais pequena. A menina olhou para sua mão, surpresa, depois sorriu e olhando intensamente, a garotinha lhe deu um sonoro beijo no rosto.
Porém, depois de um momento a menininha retornou e entregou o espelho à mulher.
- O que aconteceu? – disse a mulher. Não o quer?
- Não, é que… neste aparece apenas meu rosto! – respondeu a menininha. Ficar se vendo o tempo todo é chato… não tens outro onde aparecem meu papai, minha mamãe e meus amigos?

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O AMOR



Um filho se dirige à mãe:
 - Mamãe, meu coração tá doendo, passa pomada? 
 Preocupada a mãe pergunta,
 - Seu coração, filho? Como assim? O que aconteceu?
 - Não aconteceu nada mamãe, começou a doer do nada, mas tá doendo muito, passa a pomadinha!
 - Não tem como passar pomada no coração, filho. O que você estava fazendo quando começou a doer?
 - Eu estava conversando com a Laura, lá no balanço da escolinha. Aí ela me contou que gostava do Hugo, aquele meu amigo que vem sempre aqui em casa. Aí quando ele passou perto dela, ela levantou do balanço e foi atrás dele e me deixou sozinho. Aí o meu coração começou a doer, e tá doendo até agora.
 A mãe, assustada, não sabia o que dizer ao filho e então simplesmente o abraçou e sussurrou no ouvido dele:
 - Filho, você conheceu o amor.
 O filho, meio sem entender, perguntou:
 - O amor? Mas você sempre disse que o amor era uma coisa boa, e então por que ele está machucando meu coração?
 - Não são todos os que sabem valorizar o amor. Quando esse amor se oferece para alguém e esse alguém não dá valor, o amor fica triste e volta pra sua casinha, que é o coração. E para o amor entrar de novo no coração, deixa um machucado bem grande nele.  Esse machucado que fica no coração se chama decepção.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Um "sabichão" no trem

Um jovem universitário se sentou, no trem, em frente a um senhor de idade, que devotamente passava as contas do seu terço.
O garoto, com a arrogância de seus poucos anos e o seu pedantismo da ignorância, disse-lhe:

- Parece mentira que ainda você crê nestas coisas antigas.
- Assim é, você não? – respondeu o ancião.
- Eu! - disse o estudante lançando uma estridente gargalhada – Acredite em mim: jogue este rosário pela janela e aprenda o que diz a ciência.
- A ciência? – pergunta o ancião com surpresa. – Eu não entendo bem. Talvez você pudesse explicar-me?
- Dê-me seu endereço – respondeu o garoto, fazendo-se de importante e em tom protetor – Eu te enviarei alguns livros que poderão ensinar.

O ancião pegou da sua carteira um cartão de visita e se entregou ao estudante, que leu assombrado:
“Louis Pasteur. Instituto de Investigações Científicas de Paris”;
O pobre estudante ficou corado e não sabia onde se esconder.
Havia se oferecido para instruir sobre a ciência ao homem que descobriu a vacina antirrábica, que havia prestado, precisamente com sua ciência, um dos maiores serviços à humanidade.
 Louis Pasteur, o grande sábio que tanto bem fez aos homens, nunca escondeu sua fé nem sua devoção à Nossa Senhora. E ele tinha, como um sábio, uma grande personalidade e foi considerado consciente e responsável por suas convicções religiosas.

sábado, 30 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Dizia Nelson Cavaquinho

Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.
Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais

segunda-feira, 25 de junho de 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

14 de Junho: Morte de Max Weber, “Pai” da Sociologia Moderna

Maximilian Carl Emil Weber, sociólogo, economista e político alemão, foi um dos mais notáveis intelectuais do início do século XX. No meio acadêmico, ficou para sempre conhecido como Max Weber e é considerado o fundador do estudo da sociologia moderna, juntamente com nomes como Auguste Comte, Karl Marx ou Émile Durkheim.
Começou por lecionar Economia e Ciência Política em Berlim, passando ainda pelas universidades de Friburgo e Heidelberg. No entanto, a morte do pai (1897) conduziu-o a um esgotamento nervoso, afastando-o do ensino. O episódio abriu-lhe, contudo, as portas para colaborações em jornais intelectuais alemães e a trabalhos de pesquisa.
“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” reflete a forma como a religião, sobretudo o protestantismo nos EUA, foi um elemento-chave na consolidação do ideal capitalista. Sociólogo de inspiração protestante, Weber defendia que o catolicismo tradicional era fator impeditivo do desenvolvimento e da prosperidade do lucro e da riqueza. Dizia que “a religião era uma das razões [apesar de tudo] não exclusivas porque as culturas do Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas”, salientando a importância de algumas características específicas do protestantismo ascético, que levou ao nascimento do capitalismo, da burocracia e do estado racional e legal nos países ocidentais. Segundo o seu pensamento, foi nesses que o protestantismo assumiu um papel essencial no enraizamento de uma lógica de produção de riqueza, da valorização do mérito pessoal e do trabalho como meios de valorização espiritual. Durante e após a I Guerra Mundial, Max Weber passou a estar mais atento ao reordenamento da Europa e da própria Alemanha. Foi, aliás, consultor dos negociadores alemães no Tratado de Versalhes (1919) e da comissão que redigiu a Constituição de Weimar. Foi nesse período que produziu mais dois tratados inspirados na nova realidade geoestratégica: “Parlamento e Governo na Alemanha reordenada” (1917) e “Conferência sobre o Socialismo” (1918).
Mais tarde, em 1919, Weber publica “A Política como Vocação”, obra em que funda uma definição de Estado que se tornou clássica para o pensamento político ocidental, segundo a qual, “somente quem tem a vocação politica terá certeza de não desmoronar quando o mundo, do seu ponto de vista, for demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para o que ele deseja oferecer. Somente quem, frente a todas as dificuldades, pode dizer ‘apesar de tudo!’ tem a vocação para a política”.
Weber morreu em Munique, vítima de pneumonia.

André Rodrigues, Jornal Página 1 [Jornal Online], Ontem e Hoje, pag. 12)