sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Segundo Traje



Certa vez, um homem visitou o seu conselheiro e relatou seu problema.

- “Sou um alfaiate. Com os anos ganhei uma excelente reputação por minha experiência e alta qualidade do meu trabalho. Todos os nobres dos arredores me encarregaram de fazer seus trajes e os vestidos de suas esposas. Há alguns meses, recebi o encargo mais importante da minha vida.
O príncipe, em pessoa, ouviu falar de mim e solicitou-me que lhe costurasse uma roupa com a seda mais fina que é possível conseguir no país. Coloquei os melhores materiais e fiz o melhor melhor esforço. Queria demonstrar minha arte, pois este trabalho poderia abria as portas a uma vida de êxito e riqueza.

Mas quando lhe apresentei a roupa terminada, começou a gritar e a insultar-me:

- “Isto é o melhor que podes fazer? É uma atrocidade! Quem te ensinou a costurar?

Ordenou que eu me retirasse e jogou o traje atrás de mim. Estou arruinado. Todo meu capital estava investido nesta vestimenta, e pior ainda, minha reputação foi totalmente destruída. Ninguém voltará a encarregar-me uma veste depois disto. Não entendo o que aconteceu, foi o melhor trabalho que fiz em anos!”

- “Volte ao teu negocio” – disse o sábio.- “descosture cada uma das partes da veste e costure exatamente com as havia feito antes. Depois a leve ao príncipe”.

- “Mas vou eu vou ter o mesmo que tenho agora!” – protestou o costureiro. “Ainda mais, o meu estado de animo não é o mesmo de sempre”.

- “Faz o que eu te disse, e Deus o ajudará” – disse o homem.
Duas semana depois o costureiro retornou.

- “Você salvou a minha vida! Quando o presentei novamente com o traje, o rosto do príncipe se iluminou. “Lindo”! – exclamou. “Este é o traje mais bonito e delicado que já vi”!
Ele me pagou generosamente e prometeu entregar-me mais trabalhos e recomendar-me a seus amigos. Mas desejo saber: “qual era a diferença entre o primeiro e o segundo traje?”.

- “O primeiro traje” – explicou – “foi costurado com arrogância e orgulho. O resultado foi uma vestimenta espiritualmente repulsiva que, mesmo que tecnicamente perfeita, carecia de graça e beleza. Embora, a segunda veste foi feita com humildade e o com o coração quebrado, transmitindo uma beleza essencial que provocava admiração a cada um que a via”.

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