quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Árvore confusa



Em um Jardim muito lindo, onde havia Macieiras, Laranjais, Pêras e belíssimas Rosas, todas elas eram muito felizes e satisfeitas.

Tudo era alegria naquele jardim, exceto por uma Árvore. Ela estava profundamente triste e tinha um problema: não sabia quem era.

A Macieira lhe disse que o que lhe faltava era a concentração, se se esforçasse um pouco, teria deliciosas maçãs, e poderia supera-la facilmente! “Não escute o que diz a Roseira, ter rosas é mais fácil e são mais lindas ao olhar das pessoas e alegram a vida”. A Árvore tentava tudo o que lhe sugeriam, mas como não conseguia nada ela se sentia cada vez mais só e frustrada.

Certo dia, chegou até o belo jardim uma Coruja, a mais sábia das aves, e ao ver o desespero e a tristeza em que se encontrava a Árvore, disse-lhe: “Não te preocupes, para todo problema há uma solução e o teu não é difícil, é o mesmo problema da maioria dos seres humanos. Eu te darei a solução: “SEJA VOCÊ MESMA”!!!! Não tente ser, NEM FAZER o que os demais querem. A primeira coisa que deves fazer é conhecer-te e para conseguir tens que escutar a tua voz interior!!” E dizendo isto, a Coruja desapareceu.

A Árvore ficou pensando: “Minha voz interior? Ser eu mesmo? Conhecer-me?”. Desesperada, pensava no a Coruja quis dizer. Por um momento se viu completamente em silêncio e fechando os olhos e os ouvidos, abriu o coração e por fim, pode escutar sua voz interior dizendo: “Tu nunca darás maçãs, porque não és uma macieira; nem florescerá na primavera, porque não és um Roseira. “TU ÉS UM CARVALHO”. Teu destino é crescer, ser grande e majestosa, dar abrigo às aves, sombra aos viajantes, beleza à paisagem... Tu tens uma missão: cumpre-a!” A Árvore se sentiu forte e segura de si mesma e se dispôs a ser tudo aquilo pelo qual estava destinada.

Então, logo encheu o espaço e foi admirada e respeitada por todos e, somente assim, o jardim ficou feliz por completo.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Eu matei um homem!



Todo ano o rei liberava um prisioneiro. Quando completou 25 anos, o monarca, ele mesmo, quis ir à prisão. Cada um dos encarcerados preparou seu discurso de defesa.
- ‘Majestade,’ - disse o primeiro – ‘eu sou inocente. Um inimigo me acusou falsamente, e por isso estou aqui no presídio’.
- ‘A mim’ – argumentou outro – ‘confundiram-me com um assassino, mas eu jamais matei alguém’.
- ‘O juiz me condenou injustamente’ – disse o terceiro.
Assim todo e cada um manifestaram ao rei qual a razão de merecem a graça de serem libertados.
Havia, porém, um homem em um canto, que não se aproximava, e então o rei lhe perguntou:
- ‘Você! Por que estás aqui?
- ‘Porque matei um homem, majestade. Sou um assassino’.
- ‘E por que o matou?’
- ‘Porque eu estava muito violento neste dia’
- ‘E por que estavas violento?’
- ‘Porque não tenho domínio sobre minha coragem’.
Passou um momento de silêncio até o rei decidir. Então, tomou o seu cetro e disse ao assassino que acabara de interrogar.
- ‘Você! Pode sair da prisão’.
- ‘Mas, Majestade! – replicou o primeiro ministro – ‘por acaso, não parece mais justo qualquer um dos outros?’
- ‘Precisamente por isso’ – respondeu o rei – ‘tiro este malvado da prisão para que não estrague os outros que parecem ser tão bons’

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Tamanho GG



É uma história verdadeira.
Minha amiga trabalha em um brechó de um hospital, como voluntária. Certo dia adentrou na loja uma "senhora bastante obesa", e de cara a minha amiga pensou que não tinha nada na loja na numeração dela. Sentiu-se apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo que minha amiga sabia que ela não encontraria. Ficou angustiada, porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída implícita. Naquele momento minha amiga orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima. Foi quando o esperado aconteceu. A senhora se dirigiu à minha amiga e disse tristinha:
- “É... não tem nada grande, não é?”
E a minha amiga, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe  respondeu:
- “Quem disse??? Claro que tem!! Olha só o tamanho desse abraço!”
E a abraçou com muito carinho.
A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando:
- !Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço?”
E chorando, tal qual uma criança a procura de um colo, lhe disse:
- “Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava".
E naquele momento, através dos braços calorosos de minha amiga, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma noite de tempestade



Uma noite de tempestade, há muitos anos, fez um homem idoso e sua esposa pararem em uma recepção de um pequeno hotel, na Filadélfia. Tentando obter abrigo da forte chuva, o casal se aproxima do recepcionista e pergunta:
“Pode nos dar um quarto?”.
O empregado, um homem atento, com um sorriso morno lhes diz:
“Há três convenções simultâneas na Filadélfia… Todos os quartos, do nosso hotel, e de outros estão lotados”.
O casal se angustiou, pois era difícil que a esta hora e com estes tempo horroroso fosse conseguir onde passar a noite. Mas o empregado disse:
“Vejam…, não posso manda-los embora com esta chuva. Se vocês aceitarem, posso oferecer-lhes meu próprio quarto”.
O casal rejeitou, mas o empregado insistiu voluntariamente e, finalmente, terminaram aceitando seu quarto.
Na manhã seguinte, ao pagar a conta o homem pediu para falar com ele e disse-lhe:
“Você é o tipo de Gerente que eu teria em meu próprio hotel. Talvez algum dia construa um hotel para devolver-lhe o favor que nos fez”.
O recepcionista tomou a frase como um elogio e se despediram amigavelmente.
Passaram-se dois anos e o emprego recebe uma carta daquele homem, no qual recordava o fato e enviava uma passagem de ida e volta a New York com o pedido expresso de que os visitassem. Com certa curiosidade o empregado não desprezou esta oportunidade de visitar gratuitamente New York e foi até la.
Nesta ocasião, o senhor idoso o levou à esquina da Quinta Avenida com a 34 e indicou com o dedo um imponente edifício de pedra avermelhada e disse-lhe:
“Este é o Hotel que eu construí para você”.
O recepcionista olhou aturdido e disse:
“É uma piada, não é?”.
“Pode assegurar-se que não”, contestou com um sorriso cumplice do homem idoso.
E assim foi com o William Waldorf Astor construiu o Waldorf Astoria original e contratou o seu primeiro gerente, de nome Georg C.
Obviamente, Georg C. Boldt não imaginou que sua vida estava mudando para sempre, quando fez aquele favor para atender ao velho Waldorf Astor naquela noite de tempestade. Não temos muitos “Waldorf Astor” no mundo, mas um chefe satisfeito ou um cliente surpreendido podem equivaler a nosso Waldorf Astoria pessoal.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Deus não só se demonstra, se mostra



Numa certa ocasião, um jovem, inquieto por encontra e demonstrar a existência de Deus, aproximou-se de um místico oriental que se encontrava meditando à sombra de uma árvore, e disse-lhe: “Quer ver a Deus, diga-me como posso experimentá-lo”!. O mestre, como é típico deles, não disse nenhuma palavra, mas seguiu fazendo sua meditação. O jovem voltou com o mesmo pedido no dia seguinte, e assim por um bom tempo, mas sem receber respostas, até que, finalmente, ao ver sua perseverança o mestre disse-lhe: “Pareces um autêntico buscador de Deus. Esta tarde descerei até o rio para tomar um banho. Encontra-me ali comigo”.
Quando, naquela tarde, estavam os dois no rio, o mestre agarrou o jovem pela cabeça, e o afundou na agua e o manteve assim durante um tempo, enquanto o pobre jovem lutava para sair para a superfície. Ao final de um tempo, o mestre o soltou e disse: “Venha ver-me amanhã, junto a árvore”. Quando o dia seguinte o jovem chegou ao lugar indicado, o mestre foi o primeiro a falar, dizendo: “por que lutavas enquanto eu segurava tua cabeça debaixo da água?” – O jovem respondeu: “Porque eu queria respirar, do contrário, poderia me afogar”. O mestre sorriu e disse: “O dia em que desejares a Deus e encontrar-te com Ele com a mesma ânsia com que querias respirar, nesse dia se mostrará a ti, o experimentarás e, portanto, o demonstrarás…”
Assim como o jovem do relato, muitos de nós andamos no mundo, consciente ou inconscientemente, buscando o sentido da nossa vida, da felicidade, da plenitude, querendo ou não, buscando a Deus, queremos que nos seja demonstrado; de alguma forma, satisfaça nossas necessidades. Embora, em algum momento desta busca devemos parar e pensar que: “Aquele que busca a Deus se sente buscado por Ele, como perseguido por Ele, e n’Ele descansa, com um mar vasto e quente. Esta busca de Deus somente é possível nesta vida, e a vida só tem sentido por esta mesma busca. Deus aparece sempre e em todas as partes, e em nenhum lugar se encontra. O ouvimos nas ondas nítidas, mas, embora, calmas. Em todos os lugares encontramos e nunca poderemos capta-Lo; mas um dia a busca cessará e será um encontro definitivo. Quando encontramos a Deus, todos os bens deste mundo são encontrados e possuídos.
Por outro lado, bem sabemos  que o ser humano, em seu esforço para compreender tudo, busca todas as luzes e por muitos meios as ferramentas necessárias para satisfazer suas interrogações mais profundas. Ao longo da história se perguntou sobre seu ser e sua existência e, portanto, questiona a transcendência e a existência de Deus. Neste esforço, não são poucos os que, por sua inteligência, nos oferecem tratados e discursos eloquentes que nos ajudam a conhecer as diversas ciências humanas que respondem às  exigências de hoje. Embora, tem que se dizer que não é alheio a nós saber que o relativismo se infiltrou tanto na sociedade que resultou uma indiferença religiosa que trouxe consigo a falta de fé, confusão e muitas desordens que se manifestam em diversos âmbitos da humanidade.
E assim como toda ciência necessita demonstrar suas teses com base no empírico, a “ciência Divina” para ser demonstrada necessita ser mostrada através da experiência pessoal, não por leis temporais, mas pelas “leis espirituais” que estão impressas no coração do homem. Sim, Deus, não se demonstra, se mostra em nossa vida quando somos capazes de abrirmos a seu amor e sermos partícipes de seus dons, quando, com humildade, reconhecemos a nossa incapacidade de abarca-lo todo e descobrirmos que existe um Ser superior a tudo e todos que com seu amor vem a nós e nos chama a encontrar um significado à nossa existência unidos a Ele.