terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Eu matei um homem!



Todo ano o rei liberava um prisioneiro. Quando completou 25 anos, o monarca, ele mesmo, quis ir à prisão. Cada um dos encarcerados preparou seu discurso de defesa.
- ‘Majestade,’ - disse o primeiro – ‘eu sou inocente. Um inimigo me acusou falsamente, e por isso estou aqui no presídio’.
- ‘A mim’ – argumentou outro – ‘confundiram-me com um assassino, mas eu jamais matei alguém’.
- ‘O juiz me condenou injustamente’ – disse o terceiro.
Assim todo e cada um manifestaram ao rei qual a razão de merecem a graça de serem libertados.
Havia, porém, um homem em um canto, que não se aproximava, e então o rei lhe perguntou:
- ‘Você! Por que estás aqui?
- ‘Porque matei um homem, majestade. Sou um assassino’.
- ‘E por que o matou?’
- ‘Porque eu estava muito violento neste dia’
- ‘E por que estavas violento?’
- ‘Porque não tenho domínio sobre minha coragem’.
Passou um momento de silêncio até o rei decidir. Então, tomou o seu cetro e disse ao assassino que acabara de interrogar.
- ‘Você! Pode sair da prisão’.
- ‘Mas, Majestade! – replicou o primeiro ministro – ‘por acaso, não parece mais justo qualquer um dos outros?’
- ‘Precisamente por isso’ – respondeu o rei – ‘tiro este malvado da prisão para que não estrague os outros que parecem ser tão bons’

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