Todo
ano o rei liberava um prisioneiro. Quando completou 25 anos, o monarca, ele
mesmo, quis ir à prisão. Cada um dos encarcerados preparou seu discurso de
defesa.
-
‘Majestade,’ - disse o primeiro – ‘eu sou inocente. Um inimigo me acusou
falsamente, e por isso estou aqui no presídio’.
-
‘A mim’ – argumentou outro – ‘confundiram-me com um assassino, mas eu
jamais matei alguém’.
-
‘O juiz me condenou injustamente’ –
disse o terceiro.
Assim
todo e cada um manifestaram ao rei qual a razão de merecem a graça de serem
libertados.
Havia,
porém, um homem em um canto, que não se aproximava, e então o rei lhe
perguntou:
- ‘Você! Por que estás aqui?
- ‘Porque matei um homem, majestade.
Sou um assassino’.
- ‘E por que o matou?’
- ‘Porque eu estava muito violento
neste dia’
- ‘E por que estavas violento?’
- ‘Porque não tenho domínio sobre
minha coragem’.
Passou
um momento de silêncio até o rei decidir. Então, tomou o seu cetro e disse ao
assassino que acabara de interrogar.
- ‘Você! Pode sair da prisão’.
-
‘Mas, Majestade! – replicou o
primeiro ministro – ‘por acaso, não
parece mais justo qualquer um dos outros?’
-
‘Precisamente por isso’ – respondeu o
rei – ‘tiro este malvado da prisão para
que não estrague os outros que parecem ser tão bons’
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