sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A esperança

Havia milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.

Um dia elas procuraram Deus e disseram-Lhe:
- Senhor Deus, nós gostavamos de viver na terra, entre os homens.
- Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.

Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram a brincar, correndo com os vaga-lumes nos campos; outras se misturaram com os brinquedos das crianças e a terra ficou maravilhosamente iluminada.

Porém, passando algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
- Por que voltaram? Perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao céu.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...
E o Senhor disse:
- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.

Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:
- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?
Um anjo que estava perto retrucou:
- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, aonde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
- Mas que estrela é essa? - Voltou Deus a perguntar.
- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.
E quando olharam para a terra, a estrela não estava só. A terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.

(Autor desconhecido)

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