terça-feira, 25 de setembro de 2012

Seja surdo



Era uma vez uma corrida de sapinhos! O objetivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no local uma multidão assistindo. Muita gente para vibrar e torcer por eles. Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: 

"Que pena !!! Esses sapinhos não vão conseguir... não vão conseguir..." 

E os sapinhos começaram a desistir. 

Mas havia um que persistia e continuava a subida em busca do topo...  A multidão continuava gritando: 

"... que pena!!! vocês não vão conseguir!..."

E os sapinhos estavam mesmo desistindo, um por um... menos aquele sapinho que continuava tranqüilo... Embora cada vez mais arfante. Já ao final da competição, todos desistiram, menos ele...  

 A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido... E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, aí sim conseguiram descobrir... Que ele era surdo! 

Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de nosso coração!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A flor da honestidade



Conta-se que, por volta do ano de 250 a. C., na China, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma “disputa” entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de ser sua esposa.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia todas as pretendentes numa celebração especial, e lançaria um desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua filha nutria um sentimento de profundo amor pelo jovem. Ao chegar em casa e ao relatar à moça, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração e indagou, incrédula:

- Minha filha, o que vais fazer lá? Estarão presentes as mais belas e ricas moças da corte. Tira essa ideia insensata da cabeça. Sei que tu deves estar sofrendo, mas não tornes o teu sofrimento uma loucura. E a jovem respondeu:
- Não, querida mãe, não estou sofrendo, e muito menos louca. Sei que jamais poderei ser a escolhida, mas será a oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do meu amado. Só isso já me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida a minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do rapaz não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava a especialidade de “cultivar” algo. O tempo passou, e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava de sua semente com muita paciência e ternura, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão do seu amor, ela não precisaria de se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada brotou. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas em vão.

Por fim, os seis meses passaram sem que nenhuma planta tivesse surgido. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada ela lá estava, com o seu vaso vazio, no meio de todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. A jovem estava admirada; nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente, chegou o momento esperado, e o príncipe observou cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anunciou o resultado e indicou a filha da velha senhora como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele escolheu, justamente, aquela que nada havia cultivado.

Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: a flor da honestidade. Pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

domingo, 23 de setembro de 2012

A felicidade, o tempo e os seus três filhos



Olá, o meu nome é Felicidade. Faço parte da vida daqueles que tem amigos, pois ter amigos é ser Feliz. Faço parte da vida daqueles que vivem cercados de pessoas como você, pois viver assim é ser Feliz! Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva, por isso chamada presente. Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do Amor, que acreditam que para uma história bonita não há ponto final.

Eu sou casada, sabiam? Sou casada com o tempo. Ah! O meu marido é lindo! Ele é responsável pela resolução de todos os problemas. Ele reconstroi corações, ele cura machucados, ele vence a Tristeza... Juntos, eu e o Tempo, tivemos três filhos: A Amizade, a Sabedoria, e o Amor. A Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera, alegre. A Amizade brilha como o sol. A Amizade une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar. A do meio é a Sabedoria, culta, integra, sempre foi mais apegada ao Pai, o Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos! O último é o Amor. Ah! Como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar... Eu vivo dizendo:

- Amor, você foi feito para morar em dois corações, não num apenas. O Amor é complexo, mas é lindo! Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o pai dele, o Tempo, e aí o Tempo sai fechando todas as feridas que o Amor abriu!

Uma pessoa muito importante ensinou-me uma coisa:
- Tudo no final sempre dá certo, se ainda não deu, é porque não chegou o final.

Por isso, acredite sempre na minha família. Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e, principalmente, no Amor. Aí com certeza um dia, eu, a Felicidade, baterei à sua porta!!! Tenha Tempo para os Sonhos. Eles conduzem a sua carruagem para as Estrelas.

Seja Feliz!!!

sábado, 22 de setembro de 2012

A existência de Deus



Damião era o dono de uma, bem sucedida, farmácia numa cidade do interior do Brasil. Era um homem bastante inteligente, mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa além do seu mundo material.

Num certo dia, estava ele fechando a farmácia quando chegou uma criança chorando e dizendo que a sua mãe estava mal e que se ela não tomasse certo remédio iria morrer. Muito nervoso e após a insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia para pegar o remédio desejado. A sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou por pegar o remédio mesmo no escuro, entregou-o à criança, que lhe agradeceu e que saiu dali correndo.

Minutos depois, apercebeu-se que tinha entregue o remédio errado à criança e, que se aquela mãe o tomasse, teria morte instantânea. Desesperado, tentou alcançar a criança, mas não teve êxito. Gritou em desespero... E o tempo passava e nada acontecia. Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e a dizer: se existe Deus, não me deixes passar por assassino.

O tempo passava e ele, de joelhos a pensar que a mulher poderia já estar morta e, certamente, ele teria de pagar por isso. Refletiu sobre a sua intemperança, sobre seu mau humor, principalmente sobre sua insensatez. De repente, sentiu uma mão tocar-lhe no ombro esquerdo e ao virar deparou-se com a criança novamente a chorar. Naquele momento ficou desconsolado. Mas tinha uma certeza: Deus, de fato, não existia. Já podia imaginar o que estava para lhe acontecer. O choro e o olhar triste daquela criança atravessava-lhe a alma. No entanto, como um lampejo de sabedoria, perguntou a menina o que lhe havia acontecido. Então aquela criança começou a dizer:
- Senhor, por favor não brigue comigo, mas é que eu caí e quebrei o frasco do remédio, dá para o senhor me dar outro?

Deus existe e conhece-te pelo nome. Ele tem sempre o melhor para você, por mais que as circunstâncias mostrem o contrário.
Acredita neste amor que é maior do que qualquer um dos seus problemas, mesmo que estes sejam grandes e de difícil resolução.
Acredita na vida melhor que Ele tem preparada para ti!
Acredita neste amor! Acredita em todos os instantes deste dia como se fossem milagres realizados somente para ti, pois tu és, com toda certeza, um dos milagres de Deus aqui na Terra.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A esperança

Havia milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.

Um dia elas procuraram Deus e disseram-Lhe:
- Senhor Deus, nós gostavamos de viver na terra, entre os homens.
- Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.

Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram a brincar, correndo com os vaga-lumes nos campos; outras se misturaram com os brinquedos das crianças e a terra ficou maravilhosamente iluminada.

Porém, passando algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
- Por que voltaram? Perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao céu.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...
E o Senhor disse:
- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.

Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:
- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?
Um anjo que estava perto retrucou:
- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, aonde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
- Mas que estrela é essa? - Voltou Deus a perguntar.
- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.
E quando olharam para a terra, a estrela não estava só. A terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.

(Autor desconhecido)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A caixa de beijos



Uma vez, no mês de Dezembro, um homem castigou a sua filha de quatro anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado. A situação financeira da família não era a melhor, por isso, o homem ficou furioso ao ver a menina embrulhar uma caixa com aquele papel tão caro e, depois, colocá-la debaixo da árvore de Natal. Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao pai e carinhosamente disse:
- Isso é para você, paizinho! Espero que goste.
Ele ficou envergonhado pela sua furiosa reação no dia anterior, mas ao abrir a caixinha e encontra-la vazia, voltou a explodir:
- Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém, coloca-se alguma coisa na caixa?!
A menina olhou para cima com lágrimas nos olhos e disse:
- Ah, paizinho, a caixa não está vazia, pois eu mandei muitos beijinhos aí para dentro e são todos para você papa!
O pai quase morreu de vergonha. Abraçou a filha e suplicou que ela o perdoasse.
Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado da sua cama por muitos anos e, sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, tomava da caixa um beijinho imaginário e recordava o amor que sua filha havia depositado ali.