domingo, 11 de novembro de 2012

Oa Anjos



Dois anjos estavam viajando e pararam na casa de uma família rica para passar a noite. A família recusou recebê-los no quarto de hóspede da mansão e, ao invés disso, foi lhes dado um lugar frio no porão. Assim eles arrumaram suas camas no chão duro. O anjo mais velho viu um buraco na parede e o fechou. Quando o anjo mais novo perguntou o porquê daquilo, o anjo mais velho respondeu:
- Nem sempre as coisas são como parecem!
Na noite seguinte o par de anjos veio descansar na casa de um fazendeiro muito pobre, porém hospitaleiro. Depois de compartilhar a pouca comida o casal deixou que os anjos dormissem na sua cama, onde eles puderam ter uma boa noite de descanso. Quando o sol veio na manhã seguinte os anjos encontraram o fazendeiro e sua esposa em lágrimas. Sua única vaca cujo leite era seu único rendimento, estava morta no campo.O anjo mais novo perguntou ao anjo mais velho:
- Como você deixou que isso acontecesse? O primeiro homem tinha tudo, mesmo assim você o ajudou. A Segunda família tinha pouco, porém estava disposta a dividir todas as coisas e você deixou que sua vaca morresse ?
- Nem sempre as coisas são como parecem! Respondeu o anjo mais velho. Quando estávamos no porão da mansão eu vi que havia ouro guardado em um buraco na parede. Visto que o dono estava tão obcecado pela cobiça e não estava disposto a compartilhar sua fortuna, eu fechei a parede e ele não será capaz de encontrá-la. Então na noite passada enquanto nós dormíamos na cama do fazendeiro, o anjo da morte veio para levar sua esposa. Eu disse a ele que ao invés dela, levasse o animal.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

9 de Novembro de 1989 - Queda do Muro de Berlim

Carlos Ferreira

Símbolo maior da Guerra Fria, o Muro de Berlim foi construído em 1961 e dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da Alemanha - que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética - e a República Federal da Alemanha -conduzida sob o regime capitalista. Depois da derrocada dos regimes socialistas, ele foi derrubado em 9 de novembro de 1989.

Porém, para entender a divisão do território, é preciso voltar no tempo, mais precisamente até o final da Segunda Guerra Mundial (1945), quando o país foi dividido pela Conferência de Potsdam em quatro zonas comandadas por soviéticos, franceses, britânicos e norte-americanos, vencedores da guerra. Apagar as marcas do nazismo e empreender um processo de reconstrução era o objetivo maior desses países aliados.

Contudo, a chegada dos recursos do Plano Marshall em 1947 - concebido pelo general George Marshall, então secretário de Estado dos EUA, para ajudar na reconstrução da Europa devastada pela guerra- fez com que a União Soviética se recusasse a participar do programa de recuperação, temendo que os dólares pudessem colocar em risco a hegemonia de Moscou no leste.

O então líder da União Soviética, Josef Stálin, reagiu à reforma monetária e à implantação da nova moeda na Alemanha, o marco alemão, ordenando o bloqueio do setor ocidental de Berlim, que estava controlado pelos defensores do capitalismo.

Convencido de que a interdição do acesso a Berlim ocidental forçaria a rendição das forças de ocupação, Stálin foi surpreendido por uma resistência, que conseguiu abastecer durante 11 meses a área bloqueada.

Com a suspensão do cerco de Stálin em maio de 1949 de forma diplomática, surgiram a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, consolidando a divisão do país.

O Muro de Berlim
Berlim ocidental se transformou num enclave capitalista em território inimigo. Vitrine privilegiada da economia ocidental, atraiu centenas de cidadãos orientais que arriscavam a vida para alcançar o outro lado.

Decididos a conter o fluxo de refugiados, os comunistas começaram a erguer o Muro de Berlim em 13 de agosto de 1961. O muro era formado por duas barreiras de concreto de 2,40m, cercas de arame farpado com armadilhas e torres de guarda. O muro separou amigos, famílias e uma nação. Na tentativa de buscar melhores condições do outro lado da barreira, dezenas de pessoas foram mortas por soldados que tinham ordem de atirar.

A queda do muro não dependeu de nenhuma ordem oficial, apenas o desejo latente e cada vez maior de liberdade, união e reencontro, além do enfraquecimento dos regimes socialistas. Um mal-entendido em relação a um comunicado oficial do governo da Alemanha Oriental, somado às pressões políticas e sociais externas e internas, provocou a derrubada do Muro de Berlim.

Reunificada oficialmente em outubro de 90, a Alemanha rica e próspera luta ainda hoje para superar a desigualdade existente entre ossies (orientais) e wessies (ocidentais).

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O barqueiro



Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:
- Meu caro barqueiro, você entende de leis?
- Não, senhor - responde o barqueiro.
E o advogado, compadecido:
- É uma pena... Você perdeu metade da vida!
O barqueiro nada responde.
A professora, muito social, entra na conversa:
- Seu barqueiro, o senhor sabe ler e escrever?
- Também não sei, senhora - responde o remador.
- Que pena... - condói-se a mestra. Você perdeu metade da vida!
Nisso, chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O canoeiro, preocupado, pergunta:
- Vocês sabem nadar?
- Não! - responderam eles rapidamente.
- Então, é pena... - conclui o barqueiro. Vocês perderam toda uma vida!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Seja um idiota

A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!
Arnaldo Jabor

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O elefante acorrentado



Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia arrancá-la do solo com facilidade e fugir.
E por quê o elefante não foge?” - Perguntei a um adestrador e ele me explicou que o elefante não escapa porque está amestrado.
Fiz então a pergunta óbvia: "Então, por quê o prendem?"
Não houve resposta!
Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: O elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar, e, apesar de todo o esforço, não pode sair. A estaca era muito pesada para ele; o elefantinho tentava, tentava e nada... Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: Ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.
Então, aquele elefante enorme não se solta porque credita que não pode e jamais volta a colocar à prova sua força.
Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas "que não podemos ter", "que não podemos ser", "que não vamos conseguir", simplesmente porque quando éramos crianças e inexperientes algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos" que "a corrente da estaca" ficou gravada na nossa memória com tanta força que aceitamos o "sempre foi assim".
De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: "não posso","é muita terra para o meu caminhãozinho", "nunca poderei", "é muito grande pra mim"! A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras e não ter receio de arrebentar as correntes!

sábado, 13 de outubro de 2012

As sementes



Duas sementes descansavam, lado a lado, no solo fértil da Primavera...
A primeira semente disse:
- Eu quero crescer! Quero enviar as minhas raízes às profundezas do solo e fazer os meus rebentos rasgarem a superfície da terra... Quero abrir os meus botões como bandeiras anunciando a chegada da Primavera... Quero sentir o calor do sol no meu rosto e a bênção do orvalho da manhã nas minhas pétalas! E assim ela cresceu…
A segunda semente disse:
- Tenho medo! Se eu enviar as minhas raízes às profundezas, não sei o que encontrarei na escuridão. Se rasgar a superfície dura, posso danificar os meus rebentos... E se eu deixar que os meus botões se abram e um caracol tentar come-los? E se abrir as minhas flores e uma criança me arrancar do chão? Não é muito melhor esperar até que eu me sinta segura? E assim ela esperou…
Uma galinha ciscando no solo da estação recente, à procura de comida, encontrou-a e rapidamente comeu a semente à espera de segurança…

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O prego



Certo feirante, depois de um dia muito proveitoso com excelentes resultados no negócio, se dispôs a voltar para casa antes do entardecer. Montou seu cavalo e, prendendo muito bem à cintura a bolsa com seu dinheiro, deu início à jornada de volta. Lá pelas tantas, parou em um pequeno povoado para uma rápida refeição. Quando já se preparava para prosseguir na caminhada, o moço da cachoeira o avisou:
- “Senhor, está faltando um prego na ferradura da pata esquerda do seu animal. Não seria melhor providenciar outro?”
- “Deixa faltar...” - respondeu o feirante – “Estou com muita pressa; sem dúvida a ferradura agüentará bem as horas que ainda restam a percorrer”. E lá se foi ele.
À tardinha, quando parou para dar ração pro cavalo, o encarregado da cavalaria também foi ter com ele,  dizendo:
- “Olha, está faltando a ferradura da pata esquerda do seu animal. Quer que o nosso ferreiro veja isto?”
- “Deixa faltar. Estou com muita pressa e restam poucas horas para que cheguemos ao nosso destino. Por certo o cavalo resistirá” - respondeu ele.
Continuou a cavalgar, mas já não conseguira andar muito, quando notou que o cavalo estava manquejando. Tentou continuar na esperança de chegar em casa; entretanto, depois de poucos metros o animal passou a tropeçar e, com pouco mais de tempo, numa queda mais forte, o cavalo fraturou a perna e já não pôde mais sair do lugar.
Era noite e o feirante viu-se obrigado a deixar o pobre animal caído, sem qualquer atendimento. Desprendendo a caixa onde carregava uma série de apetrechos para seu uso na feira, pô-la às costas e foi caminhando. A distância que parecia curta tornou-se longa e penosa. Só muito tarde chegou ele cansado, faminto e preocupado com a possível perda do animal. Foi então que começou a raciocinar: Tudo por causa de um simples prego que não foi substituído no momento que se fez necessário.