quarta-feira, 21 de abril de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
Mensagem do Papa para o 44.º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Queridos Irmãos e Irmãs,
O tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais - "O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra" - insere-se perfeitamente no trajecto do Ano Sacerdotal e traz à ribalta a reflexão sobre um âmbito vasto e delicado da pastoral como é o da comunicação e do mundo digital, que oferece ao sacerdote novas possibilidades para exercer o seu serviço à Palavra e da Palavra. Os modernos meios de comunicação fazem parte, desde há muito tempo, dos instrumentos ordinários através dos quais as comunidades eclesiais se exprimem, entrando em contacto com o seu próprio território e estabelecendo, muito frequentemente, formas de diálogo mais abrangentes, mas a sua recente e incisiva difusão e a sua notável influência tornam cada vez mais importante e útil o seu uso no ministério sacerdotal.
A tarefa primária do sacerdote é anunciar Cristo, Palavra de Deus encarnada, e comunicar a multiforme graça divina portadora de salvação mediante os sacramentos. Convocada pela Palavra, a Igreja coloca-se como sinal e instrumento da comunhão que Deus realiza com o homem e que todo o sacerdote é chamado a edificar n’Ele e com Ele. Aqui reside a altíssima dignidade e beleza da missão sacerdotal, na qual se concretiza de modo privilegiado aquilo que afirma o apóstolo Paulo: "Na verdade, a Escritura diz: "Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido". [...] Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão-de invocar Aquele em quem não acreditam? E como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão-de pregar, se não forem enviados?" (Rm 10,11.13-15).
Hoje, para dar respostas adequadas a estas questões no âmbito das grandes mudanças culturais, particularmente sentidas no mundo juvenil, tornaram-se um instrumento útil as vias de comunicação abertas pelas conquistas tecnológicas. De facto, pondo à nossa disposição meios que permitem uma capacidade de expressão praticamente ilimitada, o mundo digital abre perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento paulino: "Ai de mim se não anunciar o Evangelho!" (1 Cor 9,16). Por conseguinte, com a sua difusão, não só aumenta a responsabilidade do anúncio, mas esta torna-se também mais premente reclamando um compromisso mais motivado e eficaz. A este respeito, o sacerdote acaba por encontrar-se como que no limiar de uma "história nova", porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar os media ao serviço da Palavra.
Contudo, a divulgação dos "multimédia" e o diversificado "espectro de funções" da própria comunicação podem comportar o risco de uma utilização determinada principalmente pela mera exigência de marcar presença e de considerar erroneamente a internet apenas como um espaço a ser ocupado. Ora, aos presbíteros é pedida a capacidade de estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades, que hoje se exprimem cada vez mais frequentemente através das muitas "vozes" que surgem do mundo digital, e anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogues, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis inclusive para a evangelização e a catequese.
Através dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais meios - adquirido já no período de formação - com uma sólida preparação teológica e uma espiritualidade sacerdotal forte, alimentada pelo diálogo contínuo com o Senhor. No impacto com o mundo digital, mais do que a mão do operador dos media, o presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado, para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao fluxo comunicativo ininterrupto da "rede".
Também no mundo digital deve ficar patente que a amorosa atenção de Deus em Cristo por nós não é algo do passado nem uma teoria erudita, mas uma realidade absolutamente concreta e actual. De facto, a pastoral no mundo digital há-de conseguir mostrar, aos homens do nosso tempo e à humanidade desorientada de hoje, que "Deus está próximo, que, em Cristo, somos todos parte uns dos outros" [Bento XVI, Discurso à Cúria Romana na apresentação dos votos de Natal: "L’Osservatore Romano" (21-22 de Dezembro de 2009) pág. 6].
Quem melhor do que um homem de Deus poderá desenvolver e pôr em prática, mediante as próprias competências no âmbito dos novos meios digitais, uma pastoral que torne Deus vivo e actual na realidade de hoje e apresente a sabedoria religiosa do passado como riqueza donde haurir para se viver dignamente o tempo presente e construir adequadamente o futuro? A tarefa de quem opera, como consagrado, nos media é aplanar a estrada para novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contacto humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais; oferecendo, às pessoas que vivem nesta nossa era "digital", os sinais necessários para reconhecerem o Senhor; dando-lhes a oportunidade de se educarem para a expectativa e a esperança, abeirando-se da Palavra de Deus que salva e favorece o desenvolvimento humano integral. A Palavra poderá assim fazer-se ao largo no meio das numerosas encruzilhadas criadas pelo denso emaranhado das auto-estradas que sulcam o ciberespaço e afirmar o direito de cidadania de Deus em todas as épocas, a fim de que, através das novas formas de comunicação, Ele possa passar pelas ruas das cidades e deter-se no limiar das casas e dos corações, fazendo ouvir de novo a sua voz: "Eu estou à porta e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo" (Ap 3, 20).
Na Mensagem do ano passado para idêntica ocasião, encorajei os responsáveis pelos processos de comunicação a promoverem uma cultura que respeite a dignidade e o valor da pessoa humana. Este é um dos caminhos onde a Igreja é chamada a exercer uma "diaconia da cultura" no actual "continente digital". Com o Evangelho nas mãos e no coração, é preciso reafirmar que é tempo também de continuar a preparar caminhos que conduzam à Palavra de Deus, não descurando uma atenção particular por quem se encontra em condição de busca, mas antes procurando mantê-la desperta como primeiro passo para a evangelização. Efectivamente, uma pastoral no mundo digital é chamada a ter em conta também aqueles que não acreditam, caíram no desânimo e cultivam no coração desejos de absoluto e de verdades não caducas, dado que os novos meios permitem entrar em contacto com crentes de todas as religiões, com não-crentes e pessoas de todas as culturas. Do mesmo modo que o profeta Isaías chegou a imaginar uma casa de oração para todos os povos (cf. Is 56,7), não se poderá porventura prever que a internet possa dar espaço - como o "pátio dos gentios" do Templo de Jerusalém -também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido?
O desenvolvimento das novas tecnologias e, na sua dimensão global, todo o mundo digital representam um grande recurso, tanto para a humanidade no seu todo como para o homem na singularidade do seu ser, e um estímulo para o confronto e o diálogo. Mas aquelas apresentam-se igualmente como uma grande oportunidade para os crentes. De facto nenhum caminho pode, nem deve, ser vedado a quem, em nome de Cristo ressuscitado, se empenha em tornar-se cada vez mais solidário com o homem. Por conseguinte e antes de mais nada, os novos media oferecem aos presbíteros perspectivas sempre novas e, pastoralmente, ilimitadas, que os solicitam a valorizar a dimensão universal da Igreja para uma comunhão ampla e concreta; a ser no mundo de hoje testemunhas da vida sempre nova, gerada pela escuta do Evangelho de Jesus, o Filho eterno que veio ao nosso meio para nos salvar. Mas, é preciso não esquecer que a fecundidade do ministério sacerdotal deriva primariamente de Cristo encontrado e escutado na oração, anunciado com a pregação e o testemunho da vida, conhecido, amado e celebrado nos sacramentos sobretudo da Santíssima Eucaristia e da Reconciliação.
A vós, queridos Sacerdotes, renovo o convite a que aproveiteis com sabedoria as singulares oportunidades oferecidas pela comunicação moderna. Que o Senhor vos torne apaixonados anunciadores da Boa Nova na "ágora" moderna criada pelos meios actuais de comunicação.
Com estes votos, invoco sobre vós a protecção da Mãe de Deus e do Santo Cura d’Ars e, com afecto, concedo a cada um a Bênção Apostólica.
domingo, 27 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
DEUS E SUAS CRIATURAS
Deus é assim: cruel, misericordioso, duplo.
Seus prêmios chegam tarde,
em forma imperceptível.
Deus, como entendê-lo?
Ele também não entende suas criaturas,
condenadas previamente sem apelação
a sofrimento e morte.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que
o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Escolha ser feliz
domingo, 29 de novembro de 2009
RECEITA DA BELEZA
• Para seus olhos: use a simpatia
• Para suas mão: use a caridade
• Para suas atitudes: use o perdão
• Para seu coração: use o amor
Deficiências - segundo um poeta
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem enxergar a grandeza de Deus.
domingo, 15 de novembro de 2009
Teconologia do Abraço

Por um matuto mineiro
O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia ...
- É ... das invenção dos homi
a que mais tem sintido é o abraço.
O abraço num tem jeito di um só proveitá !
Tudo quanto é gente, no abraço,
participa uma beradinha ...
Quandu ocê tá danado de sodade, _ o abraço de arguém ti alivia ... _ Quandu ocê tá cum muita reiva, vem um te abraça e ocê fica até sem graça de continuá cum reiva ... _ Si ocê tá feliz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim da sua alegria ...
Si arguém tá duente,quandu ocê abraça ele, ele começa a miorá, i ocê miora junto tamém ...
Muita gente importante e letrado
já tentô dá um jeito de sabê purquê qui é qui o abraço tem tanta tequilonogia, mas ninguém inda discubriu ...
Mas, iêu sei!
Foi um ispirto bão de Deus qui mi contô ...
Iêu vô contá procêis u qui foi quel mi falô :
O abraço é bão pur causa do Coração ...
Quandu ocê abraça arguém,
fais massarge no coração!
I o coração do ôtro é massargiado tamém !
Mas num é só isso, não ...
Aqui tá a chave do maió segredo de tudo :
É qui quandu nois abraça arguém,
nóis fica cum dois coração no peito ! _
INTONCE ... UM ABRAÇU PRÔ CÊ QUI É MEU AMIGU(a)!
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Wall E e a Sociedade Moderna

Na história, escrita e dirigida por Andrew Stanton, criador de “Procurando Nemo”, aparece Wall.E (cujo nome é uma abreviação de Waste Allocation Load Lifter Earth-Class, algo como Localizador e Coletor de Lixo Classe Terrestre) um dos muitos robôs deixados na Terra para limpar, ou seja, organizar o lixo deixada pela humanidade. Enquanto a poluição é organizada como uma grande cidade, por este robozinho, a população foge do planeta em uma nave especial, com a esperança de que a terra volte ao normal e seja habitável. Depois de 700 anos, são enviados outros robôs em naves, para a busca de uma vida natural nos planetas de todo universo, ou seja, o projeto EVA.
O romance que é criado pelos dois robôs, como algo novo, entre uma tecnologia ultrapassada (Wall E) e uma de ponta (EVA) é questionador. Pois vemos no filme que os humanos são pessoas obesas, que não fazem nada o dia todo, e ficam somente ligados em seus monitores, conversando com os outros, sem ao menos prestar atenção a quem ou às coisas que estão ao seu lado. Precisa de um robô, desesperado em procurar sua amada, derrubar um e desligar um monitor de outro, para que duas pessoas se conheçam e vejam que tem uma piscina na nave, algo que eles nunca conseguiram observar anteriormente. E incrível, como deixa bem claro, eles nunca tinham se tocado antes, pois a cadeiras multimídia não deixavam eles ter muito tempo para a diversão.
Mas, o que tem a ver estes com a sociedade. Colocaremos aqui algumas características, a partir do filme, que nossa sociedade vive por causa da TECNOLOGIA.
Individualidade. Um robô, sozinho, num mundo totalmente silencioso, parado, sem ninguém para atrapalhar. Ele consegue desenvolver seu trabalho cotidianamente, sem muita questão para o tempo e para o espaço. Na sociedade, a tecnologia trás esta característica, de forma categórica. São pessoas que usam seus iPod’s, walkman, celulares, sem presta atenção ao mundo que está. Fazem as coisas sem compromisso. Os outros, são, as vezes, como o lixo do filme, apenas para ser colocados nos seus lugares. Ninguém tem tempo de ver o que se passa. O filme também mostra esta característica, vendo as pessoas na “Axioma” (meganave), onde, ligadas aos seus monitores, falam com o mundo virtual, mas não falam com quem está ao lado. Vivem num mundo particular, mecanizado. Isto também trás a perda da espontaneidade, da auto-regulação e da impulsividade que todo homem trás consigo.
Trabalho robotizado. As maquinas é a vez do momento. Os homens são apenas para ficar como parasitas de situações alheias às maquinas. Ou seja, eles so comem, conversam e dormem, mas tudo isto deitado em uma poltrona multimídia.
Visão de mundo. Não vêem o que está a sua volta. Perspectiva de futuro, pois as maquinas, como estão no controle do homem, não deixam ver o que acontece além do seus olhos. Ficar na nave é bom, não incomoda e não há questionamentos de: por que estamos aqui? Qual é a nosso destino? Por que estamos em uma nave?
Relacionamento inter-pessoal. São os dois robôs EVA e Wall E, que fazem a parte romântica do filme, mostrando que so quem tem sentimento são as maquinas, pois os humanos, a sociedade, não consegue mais exprimir o que sente e o que é. Perdem suas forças para agir, para dar um passo a frente. Tudo se torna difícil. A vida é a partir de uma tela de computador ou celular. So se desempenha algo se for através de uma máquina. O outro so existe se estiver na lista de meus contatos ou com o numero no meu celular.
sábado, 31 de outubro de 2009
Rede de Intrigas - Uma análise

Rede de Intrigas (1976) é um dos melhores filmes sobre mídia que já vi, ou seja, um filme sobre os bastidores da televisão. Com um formato extremamente irônico do diretor norte-americano Sidney Lumet nos mostra que milhões de pessoas que assistem à televisão são movidas por artifícios de seus donos, diretores e produtores de programas. Ou seja, artifícios que manipulam e tenta educar de uma forma agressiva, mas inconsciente, as formas de expressão humana. Dizem que tudo é um jogo a ser jogado por articuladores da sensação humana. Educação esta que se transformou e continua transformando os cidadãos. Mas como isto acontece? Teríamos nós se tornado humanóides, como o personagem no filme diz:
O povo americano está ficando cada vez mais burro. Após terem sua atenção desviada, entupidos de informações sobre Vietnam, Watergate e inflação. O povo se desligou, emudeceu, fudeu a própria boca e em nada isso ajudou... O povo americano quer alguém que fale por eles, botando pra fora toda a raiva que sentem.
Seria esta uma forma de dizer que, nós que ouvimos e assistimos a televisão somos apenas humanóides que não pensam, não sabem agir, não tem opinião própria?
Porém, quando vemos o filme, presenciamos os interesses de bastidores dos canais televisivos, e conseguimos chegar a apenas uma conclusão: tudo não passa de um jogo político e econômico (comercial). Existem boas intenções na televisão? Sim, talvez (aqui podemos questionar os canais públicos). Mas os lucros vêm em primeiro lugar porque o que está por trás do nosso aparelho televisivo é uma empresa, formada por diversas outras empresas que tem que ter o seu lucro para sobreviver. Mas, então, quem são as pessoas que fazem todas as coisas acontecerem – os jornalistas, os apresentadores? São eles fantoches ou o produto a ser comercializado?
Bem, para se entender melhor, uma pequena sinopse do filme:.
“Esta é a história de Howard Beale, apresentador do telejornal da rede UBS. Houve o tempo em que Howard Beale era um mandachuva na televisão, o poderoso senhor do jornalismo, com audiência de 28 pontos. Mas, em 1969, sua sorte começou a mudar. A audiência caiu para 22; no ano seguinte, sua esposa faleceu. Viúvo, sem filhos, uma audiência agora de 12 pontos. Howard passou a se atrasar, a se isolar e a beber em excesso. Em 22 de setembro de 1975, sua demissão foi-lhe anunciada, com duas semanas de antecedência, por Max Schumacher, presidente do serviço de notícias da UBS.”
Este é o texto em off que está no inicio do filme, para ambientar a pessoa que vai assistir o filme. Tudo acontece. Até mesmo o assassinato de Beale em pleno programa, por dois homens de um grupo terrorista.
Tudo bem! Podemos então perguntar o que tem tudo isto a ver com a Teoria da Comunicação? O que ela poderia nos dizer através do filme?
Quando estudamos os “Paradigmas Jornalisticos das Américas”, vimos que umas das características do Modelo Latino-Americao é a imprensa como espelho da Sociedade. Vimos as mídias são a influência educacional das pessoas. Beale tem esta consciência e influencia toda a multidão a gritar que não suportam mais tudo o que está acontecendo, pelas janelas da sua casa. Torna-se um jargão.
Isto mostra que fazendo-se uma análise podemos ver qual é o papel de um canal de televisão, que muitas vezes, atingem pessoas de baixa educação e se faz do apresentador o seu porta-voz. Acredita no que ele diz e pega como lei o que ouviu. Não temos aqui uma crítica do que é real ou verdadeiro, mas temos uma situação onde o que é verdadeiro e real está presente na telinha da televisão.
Comercialmente este é o grande trunfo do mercado, pois usam de personagens solidificados pela própria mídia para fazer seus comerciais, por exemplo: Ratinho, Camila Pitanga, Juliana Paes, entre outros. Os menos educados acreditam nas suas falas e tomam como verdade.
Temos mais uma vez o interesse das grandes empresas, que fazem dos programas de televisão, ou de pessoas como Beale, que tem uma influência muito forte com o público, ser os seus portadores de interesse. Tudo por uma audiência. Não vemos uma preocupação com a educação popular, a cultura, como seria o ideal para todos.
Como conseqüência, de outra aula da professora, vemos que os grandes mídias do Brasil e do mundo, estão nas mãos de poucos, que tem somente a preocupação com o dinheiro que arrecadam e não com a qualidade que transmitem. Globo, Band, Record.... são emissoras comerciais massivas que fazem da cabeça do povo uma banalização da arte.
Não respeitam as culturas, não obedecem as intenções. Não fazem dos seus “consumidores” pessoas conscientes e culturalmente educadas. A opinião pública só é de interesse quando esta se manifesta de forma contundente e expansiva. Pois, ali terá a audiência.
Concluindo – Enquanto tivermos Beale’s nas tevês brasileiras, fazendo a cabeça do povo com seus sensacionalismos baratos, teremos sempre uma cultura sendo morta na sociedade e lucro para as empresas.