quinta-feira, 23 de abril de 2009

Livro, um mundo a ser descoberto


Ler é umas das coisas mais importantes que o ser humano conquista no seu desenvolvimento. Porém, este é uma virtude que poucos, infelizmente, no Brasil se preserva. A leitura é a consequência do ensino que toda pessoa tem na escola.

Porém, quando se trata de leitura, vamos sempre lembrar em livro. Esse objeto de diversos tamanhos, formatos, escrito por diversas pessoas, e que podemos encontrar em muitos lugares. Ele é um mundo a parte da nossa realidade.

Graças aos escritores temos sempre um mundo para conquistar, um problema para resolver, uma solução a ser desvendada por nossa imaginação. Imaginação essa que nos transmite a mundos que não encontramos em lugar algum, a realidades que gostaríamos de viver, ou simplesmente ignorar. Animais fantásticos. Seres cativantes, repugnantes, amigáveis, raivosos, adoráveis.

Se ler é encontrar o mundo entre as páginas de algum livro, então o livro deveria ser a nossa aula de cada dia. Ele deveria ser colocado como a continuidade de nossa escola, da nossa faculdade, do nosso dia. Para, somente assim, descobrir-se, ajudar-se, a criar coragem pela luta de um mundo mais culto, mais inteligente, mais vivo.

Tem pessoas que encontram luzes para seu agir em filmes de cinema ou vídeo. Outros encontram com situações que passam por seus olhos, na tv, para dirigir seu dia. Ou ouvem algum fato para se interar da realidade, pelo Rádio. Mas a grande conquista que temos é desvendar todos estas coisas num único lugar. Em letras. Frases. Imagens que só mesmo o leitor pode criar em seu mundo de imaginação, cores.

Neste dia do livro, queria apenas que todo mundo tivesse acesso a um deles, em qualquer lugar. Que ao invés de se comprar um cigarro, ou outra coisa, fizesse deste o dia internacional da compra de um livro e lê-lo. Só assim teriamos o gosto de dizer, que, as pessoas leram, pelo menos, um livro este ano.

Viva o livro, fonte de saber e cultura.

domingo, 19 de abril de 2009

Quando eu merecer

Recebi por email, porém achei oportuno partilhar, pois senti na pele este cartaz, quando passei por dificuldades. Quer dizer, faltou amor de quem me é amigo quando mais precisei.

Dúvida


Hoje, após uma semana da Páscoa, temos na liturgia católica o grande encontro de Jesus com Tomé. Tomé, conhecido como um apóstolo cético, duvidava da ressurreição de Jesus. Ao aparecer Jesus no meio dos seus apóstolos ele pede para Tomé tocar as suas chagas para, assim, acabar com a sua dúvida.

Há alguns anos, alguém recitou um pensamento de Segurs:"Dúvida é o começo da sabedoria". Com este pensamento, penso que é o início da Cientificidade. Duvidar é uma grande certeza, pois somente ela pode nos levar a buscar algo diferente ou, até mesmo, confirmar alguma coisa.

Se buscarmos a história da humanidade, veremos que tudo que é progresso, principalmente os científicos eles surgem da dúvida de alguma resposta conformista, ou da dúvida pessoal, sob o olhar da autonomia.

Querer ver com os próprios olhos. Querer saber como se faz. Querer aprender a todo custo. Sempre parte da dúvida que temos de conferir. Da capacidade de irmos além de nosso ínfimo conhecimento sobre o todo, sobre o universo, sobre quem está ao nosso lado.

Duvidar é a grande chance que temos para poder crescer na vida, na ciência. Duvidar é querer aprender sem parar, ir buscar uma resposta para os nosso questionamentos.

Com um filme, de título: "Dúvida", o autor coloca sempre a questão de que, mesmo que façamos qualquer coisa, ainda assim, sempre teremos dúvidas em relação às nossas certezas, nosso pensar. A freira, que tanto afirmava algo sobre o padre, no final de tudo ainda se martiriza por ter Dúvida.

Acreditar sem mesmo ver é para poucos, mas também duvidar e ir atrás de certezas, é para menos pessoas ainda. Por isso a ciência busca sempre novos questionamentos, novas dúvidas quanto ao mundo, ouniverso, a vida.

Se o pensamento de Segurs for verdadeiro, então, Tomé, o apóstolo, ele foi o maior sábio dos apóstolos. E pergunto ainda, estamos buscando respostas ás nossas dúvidas, ou apenas aceitamosas dúvidas dos outros como uma certeza, para não nos locomovermos a busca do saber?

Saber é o grande elemento da vida, porém, nunca saberemos de tudo, mas não custa tentar saber um pouco mais do que todos.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Café


Hoje, dia internacional do Café, bebida muito consumida pelo mundo inteiro, trago aqui apenas uma curiosidade sobre a origem do café. Espero que gostem.

A lenda de Kaldi

Diz a lenda que o café foi descoberto por um jovem pastor de cabras da cidade de Kaffa, na região da atual Etiópia. Mesmo assim é difícil determinar quando o café foi identificado como bem de consumo ou quem preparou a primeira infusão, sabemos apenas que a história popular aponta para meados do século III, tendo Kaldi como personagem de um feliz acaso.

Conta-se que ele ficou intrigado com a vitalidade das cabras que comiam folhas e frutos de um arbusto comum nas montanhas abissínias, elas ficavam saltitantes e conseguiam percorrer longas distâncias sem demonstrar sinais de cansaço ou qualquer outra reação. Para observar melhor, Kaldi passou a alimentar o rebanho com os frutos vermelhos e, ao final de alguns dias, também quis experimentar. Como você deve imaginar, o pastor gostou do efeito estimulante que os frutos proporcionaram. Sentiu-se alegre, bem disposto, e passou a mascar café todos dias, principalmente para resistir ao sono nas noites de oração. Ele contou sua descoberta para um dos monges do monastério local e a notícia não demorou a romper fronteiras.

O curioso é que apesar do nome de batismo ser semelhante ao da cidade onde a história começa, a palavra café deriva da palavra árabe qahwa, que significa vinho. Os árabes foram os primeiros a cultivar cafezais e pioneiros no hábito de beber café. Daí o nome científico de uma das espécies mais importantes, a Coffea arabica, e a razão por que o café foi chamado de “vinho da Arábia” pelos europeus. Registros históricos datam os primeiros cultivos em 575 d.C., no Iêmen, mas a bebida que conhecemos hoje surgiu no século XVI, quando os persas começaram torrar grãos.

domingo, 12 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sexta-Feira Santa para os Cristãos.


A Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.

Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.

Sabendo que a Páscoa, no calendário gregoriano, pode cair entre 22 de Março e 25 de Abril, a Sexta-Feira Santa pode ter lugar em qualquer dia entre 20 de Março e 23 de Abril.

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é um dos raros dias em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.

Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne.

Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.

Fonte: Wikipedia

terça-feira, 7 de abril de 2009

Avaliação

Sei que fazer o que fiz abaixo é errado.

Mas creio que divulgar o bem, as boas ações que as pessoas fazem, não seja.

Para educar e levar a cultura nos lugares não é difícil, basta se dar um passo, ter vontade e disponibilidade. Eis algumas coisas que nós, homens do saber, do viver, não fazemos mais. Nunca temos tempo. Porque tempo sempre é dinheiro, mesmo que seja jogado fora, mas é dinheiro.

Pessoas que fazem este ato de liberdade e de ajuda social, teria que ganhar o prêmio nacional da paz, ou até mesmo da educação. Pena que não temos tais prêmios no Brasil, mas mesmo assim, já merece todo reconhecimento e agradecimento.

Vale mais que um trocado

Ambulantes, pedintes e moradores de rua não esperam só por dinheiro dos motoristas parados no sinal vermelho. Sem pagar pra ver, eu vi

Rodrigo Ratier (rodrigo.ratier@abril.com.br)

"Dinheiro eu não tenho, mas estou aqui com uma caixa cheia de livros. Quer um?" Repeti essa oferta a pedintes, artistas circenses e vendedores ambulantes, pessoas de todas as idades que fazem dos congestionamentos da cidade de São Paulo o cenário de seu ganha-pão. A ideia surgiu de uma combinação com os colegas de NOVA ESCOLA: em vez de dinheiro, eu ofereceria um livro a quem me abordasse - e conferiria as reações.

Para começar, acomodei 45 obras variadas - do clássico Auto da Barca do Inferno, escrito por Gil Vicente, ao infantil divertidíssimo Divina Albertina, da contemporânea Christine Davenier - em uma caixa de papelão no banco do carona de meu Palio preto. Tudo pronto, hora de rodar. Em 13 oferecimentos, nenhuma recusa. E houve gente que pediu mais.

Nas ruas, tem de tudo. Diferentemente do que se pode pensar, a maioria dessas pessoas tem, sim, alguma formação escolar. Uma pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, realizada só com moradores de rua e divulgada em 2008, revelou que apenas 15% nunca estudaram. Como 74% afirmam ter sido alfabetizados, não é exagero dizer que as vias públicas são um terreno fértil para a leitura. Notei até certa familiaridade com o tema. No primeiro dia, num cruzamento do Itaim, um bairro nobre, encontrei Vitor*, 20 anos, vendedor de balas. Assim que comecei a falar, ele projetou a cabeça para dentro do veículo e examinou o acervo:

- Tem aí algum do Sidney Sheldon? Era o que eu mais curtia quando estava na cadeia. Foi lá que aprendi a ler.

Na ausência do célebre novelista americano, o critério de seleção se tornou mais simples. Vitor pegou o exemplar mais grosso da caixa e aproveitou para escolher outro - "Esse do castelo, que deve ser de mistério" - para presentear a mulher que o esperava na calçada.

Aos poucos, fui percebendo que o público mais crítico era formado por jovens, como Micaela*, 15 anos. Ela é parte do contingente de 2 mil ambulantes que batem ponto nos semáforos da cidade, de acordo com números da prefeitura de São Paulo. Num domingo, enfrentava com paçocas a 1 real uma concorrência que apinhava todos os cruzamentos da avenida Tiradentes, no centro. Fiz a pergunta de sempre. E ela respondeu:

- Hum, depende do livro. Tem algum de literatura?, provocou, antes de se decidir por Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

As crianças faziam festa (um dado vergonhoso: segundo a Prefeitura, ainda existem 1,8 mil delas nas ruas de São Paulo). Por estarem sempre acompanhadas, minha coleção diminuía a cada um desses encontros do acaso. Érico*, 9 anos, chegou com ar desconfiado pelo lado do passageiro:

- Sabe ler?, perguntei.

- Não..., disse ele, enquanto olhava a caixa. Mas, já prevendo o que poderia ganhar, reformulou a resposta:

- Sim. Sei, sim.

- Em que ano você está?

- Na 4ª B. Tio, você pode dar um para mim e outros para meus amigos?, indagou, apontando para um menino e uma menina, que já se aproximavam.

Mas o problema, como canta Paulinho da Viola, é que o sinal ia abrir. O motorista do carro da frente, indiferente à corrida desenfreada do trio, arrancou pela avenida Brasil, levando embora a mercadoria pendurada no retrovisor.

Se no momento das entregas que eu realizava se misturavam humor, drama, aventura e certo suspense, observar a reação das pessoas depois de presenteadas era como reler um livro que fica mais saboroso a cada leitura. Esquina após esquina, o enredo se repetia: enquanto eu esperava o sinal abrir, adultos e crianças, sentados no meio-fio, folheavam páginas. Pareciam se esquecer dos produtos, dos malabares, do dinheiro...

- Ganhar um livro é sempre bem-vindo. A literatura é maravilhosa, explicou, com sensibilidade, um vendedor de raquetes que dão choques em insetos.

Quase chegando ao fim da jornada literária, conheci Maria*. Carregava a pequena Vitória*, 1 ano recém-completado, e cobiçava alguns trocados num canteiro da Zona Norte da cidade. Ganhou um livro infantil e agradeceu. Avancei dois quarteirões e fiz o retorno. Então, a vi novamente. Ela lia para a menininha no colo. Espremi os olhos para tentar ver seu semblante pelo retrovisor. Acho que sorria.

* os nomes foram trocados para preservar os personagens.
in: Revista Nova Escola - Edição 221 | Abril 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Garimpar.


Li um texto de um amigo, para um jornal de igreja, comparando o garimpeiro com o abutre. Isso trouxe questionamento quanto a realidade em que vivemos.
Será que somos garimpeiros, que buscam a pedra preciosa, no meio de tanta sujeira, e sabem tirar dali o sustento, a preciosidade, o que tem de mais raro, ou somos os abutres, que são aves que comem a carcaça morta, deixada de lado?
Se garimpar, segundo o dicionário Houaiss, é "procurar meticulosamente; fazer seleção de escolhas (coisas valiosas)", então temos que sempre ser os garimpeiros da sociedade. Buscar as coisas valiosas que estão perdidas. Gestos. Ações. Pessoas. Expressões culturais. Estes pedras preciosas que faz a nossa sociedade mais viva.
A televisão busca sempre mostrar o que acontece de ruim - assaltos, assassinatos, pedofilia, etc. - e não mostra aquilo que a comunidade deveria saber para mudar o seu estilo de vida - musica, teatro, cinema, show.
Quando vemos este tipo de programas na TV - somente coisas violentas - estamos nos comparando a abutres que gostam, na natureza, de coisas mortas, não tem a capacidade de buscar algo que seja melhor. Claro que isto é o seu instinto. Mas compararmos a nossa cultura a essas aves, é uma forma de chamarmos de abutres sociais.
Sangue. Morte. Acidente. Atropelamentos. Atos que vigoram sempre nos meios de comunicação como uma informação que deixa as pessoas com medo de serem os garimpeiros que buscam constantemente e incansavelmente a melhor pedra, o objeto mais valioso.
Por que não somos educados a ouvir e ver coisas mais sadias? Será que estamos fadados a viver sempre com a realidade da violência?
Temos que saber escolher nossas opções de vida. O que queremos para melhorar o mundo. Somos convidados a ser garimpeiros da sociedade. Fazer boas ações. Paz. Amor. União. Vida.