sábado, 4 de abril de 2009

Garimpar.


Li um texto de um amigo, para um jornal de igreja, comparando o garimpeiro com o abutre. Isso trouxe questionamento quanto a realidade em que vivemos.
Será que somos garimpeiros, que buscam a pedra preciosa, no meio de tanta sujeira, e sabem tirar dali o sustento, a preciosidade, o que tem de mais raro, ou somos os abutres, que são aves que comem a carcaça morta, deixada de lado?
Se garimpar, segundo o dicionário Houaiss, é "procurar meticulosamente; fazer seleção de escolhas (coisas valiosas)", então temos que sempre ser os garimpeiros da sociedade. Buscar as coisas valiosas que estão perdidas. Gestos. Ações. Pessoas. Expressões culturais. Estes pedras preciosas que faz a nossa sociedade mais viva.
A televisão busca sempre mostrar o que acontece de ruim - assaltos, assassinatos, pedofilia, etc. - e não mostra aquilo que a comunidade deveria saber para mudar o seu estilo de vida - musica, teatro, cinema, show.
Quando vemos este tipo de programas na TV - somente coisas violentas - estamos nos comparando a abutres que gostam, na natureza, de coisas mortas, não tem a capacidade de buscar algo que seja melhor. Claro que isto é o seu instinto. Mas compararmos a nossa cultura a essas aves, é uma forma de chamarmos de abutres sociais.
Sangue. Morte. Acidente. Atropelamentos. Atos que vigoram sempre nos meios de comunicação como uma informação que deixa as pessoas com medo de serem os garimpeiros que buscam constantemente e incansavelmente a melhor pedra, o objeto mais valioso.
Por que não somos educados a ouvir e ver coisas mais sadias? Será que estamos fadados a viver sempre com a realidade da violência?
Temos que saber escolher nossas opções de vida. O que queremos para melhorar o mundo. Somos convidados a ser garimpeiros da sociedade. Fazer boas ações. Paz. Amor. União. Vida.

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