segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Wall E e a Sociedade Moderna



Na história, escrita e dirigida por Andrew Stanton, criador de “Procurando Nemo”, aparece Wall.E (cujo nome é uma abreviação de Waste Allocation Load Lifter Earth-Class, algo como Localizador e Coletor de Lixo Classe Terrestre) um dos muitos robôs deixados na Terra para limpar, ou seja, organizar o lixo deixada pela humanidade. Enquanto a poluição é organizada como uma grande cidade, por este robozinho, a população foge do planeta em uma nave especial, com a esperança de que a terra volte ao normal e seja habitável. Depois de 700 anos, são enviados outros robôs em naves, para a busca de uma vida natural nos planetas de todo universo, ou seja, o projeto EVA.

O romance que é criado pelos dois robôs, como algo novo, entre uma tecnologia ultrapassada (Wall E) e uma de ponta (EVA) é questionador. Pois vemos no filme que os humanos são pessoas obesas, que não fazem nada o dia todo, e ficam somente ligados em seus monitores, conversando com os outros, sem ao menos prestar atenção a quem ou às coisas que estão ao seu lado. Precisa de um robô, desesperado em procurar sua amada, derrubar um e desligar um monitor de outro, para que duas pessoas se conheçam e vejam que tem uma piscina na nave, algo que eles nunca conseguiram observar anteriormente. E incrível, como deixa bem claro, eles nunca tinham se tocado antes, pois a cadeiras multimídia não deixavam eles ter muito tempo para a diversão.

Mas, o que tem a ver estes com a sociedade. Colocaremos aqui algumas características, a partir do filme, que nossa sociedade vive por causa da TECNOLOGIA.

Individualidade. Um robô, sozinho, num mundo totalmente silencioso, parado, sem ninguém para atrapalhar. Ele consegue desenvolver seu trabalho cotidianamente, sem muita questão para o tempo e para o espaço. Na sociedade, a tecnologia trás esta característica, de forma categórica. São pessoas que usam seus iPod’s, walkman, celulares, sem presta atenção ao mundo que está. Fazem as coisas sem compromisso. Os outros, são, as vezes, como o lixo do filme, apenas para ser colocados nos seus lugares. Ninguém tem tempo de ver o que se passa. O filme também mostra esta característica, vendo as pessoas na “Axioma” (meganave), onde, ligadas aos seus monitores, falam com o mundo virtual, mas não falam com quem está ao lado. Vivem num mundo particular, mecanizado. Isto também trás a perda da espontaneidade, da auto-regulação e da impulsividade que todo homem trás consigo.

Trabalho robotizado. As maquinas é a vez do momento. Os homens são apenas para ficar como parasitas de situações alheias às maquinas. Ou seja, eles so comem, conversam e dormem, mas tudo isto deitado em uma poltrona multimídia.

Visão de mundo. Não vêem o que está a sua volta. Perspectiva de futuro, pois as maquinas, como estão no controle do homem, não deixam ver o que acontece além do seus olhos. Ficar na nave é bom, não incomoda e não há questionamentos de: por que estamos aqui? Qual é a nosso destino? Por que estamos em uma nave?

Relacionamento inter-pessoal. São os dois robôs EVA e Wall E, que fazem a parte romântica do filme, mostrando que so quem tem sentimento são as maquinas, pois os humanos, a sociedade, não consegue mais exprimir o que sente e o que é. Perdem suas forças para agir, para dar um passo a frente. Tudo se torna difícil. A vida é a partir de uma tela de computador ou celular. So se desempenha algo se for através de uma máquina. O outro so existe se estiver na lista de meus contatos ou com o numero no meu celular.

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